Mais de 1,3 mil mineiros do Níger estão presos em Burkina Faso, após fugirem de conflitos em Diebougou, uma região de mineração de ouro no sul burquinense.
O objetivo do grupo era chegar a Uagadugu, a capital burquinense, para depois tentar chegar a capital do Níger, Niamei.
No entanto, com a restrição de viagens imposta pelo governo de Burkina Faso para evitar a disseminação do novo coronavírus no país, os mineiros não conseguem retornar ao país de origem.
A OIM (Organização Internacional de Migração) aponta ainda para a falta de recursos para a volta para casa. A organização passou a prestar assistência ao grupo na última sexta (1º).
Cerca de 200 mineiros conseguiram chegar a Uagadugu e foram recebidos pela comunidade nigerina no local. Outros buscaram abrigo em Kokologo, cidade a 45 km da capital de Burkina Faso.
De acordo com a porta-voz da OIM em Burkina Faso, o motivo do conflito ainda não está totalmente claro. “Um nigerino brigou com um burquinense por outro. As autoridades tiveram que fechar o local”, afirmou Florence Kim.
Coronavírus
Autoridades locais afirmam que não há casos confirmados do novo coronavírus nas regiões de mineração de ouro em Burkina Faso. A OIM aponta para as dificuldade de se manter o distanciamento social nessas regiões, assim como entre os imigrantes presos.
Dados da OMS (Organização Mundial de Saúde) desta terça (5) registram 672 casos confirmados da doença em território burquinense e 46 mortes. Já no Níger, são 755 confirmações e 37 mortes em decorrência do vírus.