Refugiados sofrem com falta de testes para coronavírus

Vírus já circula em comunidades na Itália, Alemanha e Austrália; segundo a ONU, 70 milhões vivem fora de seus países

A falta de testes para diagnosticar o novo coronavírus e de assistência médica preocupam os refugiados, após confirmações pontuais de circulação do vírus em comunidades na Itália, Alemanha e Austrália. Em todo o mundo, são 70 milhões de pessoas que deixaram seus países por causa de guerras ou conflitos, segundo estimativa das Nações Unidas.

Na Grécia, 150 pessoas que buscam asilo no país e moram em um local provisório da OIM (Organização Internacional de Migração) contraíram o vírus. De acordo com a organização, todos os casos são assintomáticos. Ao todo, 471 pessoas vivem no hotel que serve como abrigo. Todos estão em quarentena.

Na Jordânia, cerca de 120 mil sírios vivem em campos de refugiados. No campo de Zaatari, o governo realizou 150 testes. Todos deram resultados negativos. Já no campo de Azraq, onde moram cerca de 40 mil pessoas, testes ainda não foram realizados.

Segundo a ONU, o mundo tem 70 milhões de refugiados por causa de guerras e conflitos em seus países de origem (Foto: Isaac Billy/UN Photo)

Monções

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados alertou para atrasos nos preparativos contra as monções em Bangladesh, devido à pandemia do novo coronavírus. O fenômeno climático provoca fortes chuvas e coloca em risco as populações mais vulneráveis.

De acordo com o representante da ONU Andrej Mahecic, os preparativos foram impactados pela suspensão dos esforços para redução de risco de desastres. A realocação de refugiados que vivem em áreas com alto risco de inundação também sofre com atrasos.

Com as restrições de movimentação nas fronteiras, a entrega de suprimentos na região também foi afetada. O distrito de Cox’s Bazar, em Bangladesh, deve ser o mais impactado pela pandemia, segundo a ONU. A densidade populacional de Cox’s Bazar, lar também de refugiados, é 1,5 vezes maior que a de Nova York.

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