A distribuição de minigarrafas do conhaque Hennessy na cesta básica foi uma das políticas contra o coronavírus empregadas por Mike Sonko, governador da região de Nairóbi, no Quênia, onde fica a capital do país. A medida já foi revogada.
A bebida foi apelidada de “desinfetante de garganta” por Sonko, segundo a revista britânica “The Economist”. O governador afirmou em um vídeo que incluiria as garrafas porque “o álcool mata o coronavírus e outros vírus”.
A afirmação foi desmentida pela OMS e pela própria Hennessy, segundo a CNN. “Reiteramos que o consumo da nossa marca ou de qualquer outra bebida alcoólica não protege contra o vírus”, diz o comunicado emitido pela empresa.
O queniano não foi o único mandatário na África a desafiar as instruções das entidades de saúde com líquidos supostamente curativos, informou a “The Economist”.
O guineense Alpha Condé indicou água quente e inalação de hortelã para prevenir a população. Em Madagascar, ilha ao leste do continente africano, o presidente Andry Rajoelina prometeu “mudar o curso da história” com um remédio à base de ervas da região.
Há quem apele às instâncias superiores em busca de proteção. Na Tanzânia, país no leste do continente, o presidente John Magufuli não fechou as igrejas porque “é ali onde há verdadeira cura”.
No vizinho Burundi, um porta-voz do presidente Pierre Nkurunziza avisou que o país não estipulou confinamento “porque coloca Deus em primeiro lugar.