ONU: Autores de ataques no Níger têm de ser levados à justiça

Em uma semana, grupos armados mataram cerca de 200 civis no Níger; conflitos se estendem a Mali e Burkina Faso

Este conteúdo foi publicado originalmente no portal ONU News, da Organização das Nações Unidas

Homens armados mataram pelo menos 137 civis no Sudoeste do Níger entre eles 22 crianças entre 5 a 7 anos. O secretário-geral da ONU e a diretora-regional do Unicef para a África Ocidental e Central condenaram o ataque.

António Guterres disse que “o ignóbil ataque” a civis na região de Tahoua ocorreu na véspera da comemoração do Dia Internacional da Água, 22 de março e as vítimas eram civis que estavam buscando água.

O secretário-geral enviou condolências às famílias enlutadas, ao Governo e desejou pronta recuperação aos feridos. Ele reiterou a solidariedade e o apoio da ONU aos esforços de prevenção e combate ao terrorismo, extremismo violento e crime organizado no Níger

ONU: Autores de ataques no Níger têm de ser levados à justiça
Famílias deslocadas após ataques no Níger, em fevereiro de 2021 (Foto: Unicef/Hadiza Amadou)

Guterres também exortou as autoridades a identificarem e levarem sem demoras os responsáveis à justiça e a protegerem os civis. 

Já a diretora-regional do Unicef para África Ocidental e Central, Marie-Pierre Poirier, mostrou-se profundamente chocada com os “terríveis ataques” a famílias e crianças que deixou várias pessoas feridas ou separadas da família.

É o segundo ataque a civis em apenas uma semana. Em 15 de março, um grupo armado desconhecido já matado pelo menos 58 civis, incluindo seis crianças. As vítimas regressavam de um mercado hebdomadário no departamento de Banibangou, região de Tillaberi, junto da fronteira com o Mali.

Violação

O Unicef lembrou que matar e ferir crianças é uma grave violação dos direitos humanos e  recomendou às partes a protegerem os menores.

Marie-Pierre Poirier diz que “o contínuo conflito, ataques repetidos e restrições de acesso devido a insegurança e violência estão dificultando a habilidade de alcançar os mais necessitados, incluindo dois milhões que solicitam assistência humanitária”. 

Ela apelou o fim definitivo dos ataques no Níger e disse que o Unicef continua engajado em apoiar o Governo em garantir a segurança das crianças e suas famílias.

No Brasil

Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino. Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos. Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.

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