ONU exige investigação imediata de ataque que matou boinas azuis no Mali

Dois soldados do Egito morreram e outros quatro malianos ficaram feridos no incidente, ocorrido na área central de Mopti

O Conselho de Segurança pediu abertura imediata de uma investigação para apurar o ataque fatal com um dispositivo explosivo improvisado lançado na segunda-feira (7) contra um comboio da Minusma, a Missão da ONU no Mali.  

Dois soldados de paz do Egito morreram e outros quatro malianos ficaram feridos no incidente, ocorrido na área central de Mopti. 

Em comunicado, os 15 Estados-Membros do órgão apelam ao governo de transição do Mali para que leve os responsáveis ​​à justiça. O comunicado também sublinha que ataques contra as forças de manutenção da paz podem ser considerados crimes de guerra segundo o direito internacional.  

O Conselho ressalta que o envolvimento no planejamento, na direção, no patrocínio ou na condução desses atos contra as forças de paz da Minusma é uma base para imposição de sanções de acordo com as resoluções do órgão. 

O pronunciamento ressalta ainda que o terrorismo em todas as suas formas e manifestações é uma das mais sérias ameaças à paz e segurança internacionais. 

Minusma homenageia egípcios mortos no Mali em janeiro de 2020 (Foto: UN Photo/Harandane Dicko)

Logística  

A operação de paz informou que as forças foram atacadas quando o comboio seguia com apoio logístico para a cidade de Timbuktu, no norte. 

O representante especial da ONU no Mali, El-Ghassim Wane, condenou o ato com veemência, destacando que o combate aos insurgentes acontece na última década naquela região. 

O também chefe da Minusma enfatizou que o tipo de ataque “é mais um lembrete da necessidade urgente de esforços ainda mais sustentados para estabilizar o centro do Mali”. 

Ele acrescentou que a presença internacional na que é considerada a mais perigosa missão de paz do mundo enfrenta diariamente o tipo de ameaça “à medida que se esforça para promover a paz no Mali”.  

A organização estima que mais de 250 soldados de paz já perderam a vida desde 2013 no país da África Ocidental. 

Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News

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