ONU: Guterres pede investigação imediata por ataque à ONU na RD Congo

O embaixador da Itália, Luca Attanasio, está entre os três mortos no ataque em estrada na RD Congo

Este conteúdo foi publicado originalmente pelo portal ONU News, da Organização das Nações Unidas

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu que o governo da República Democrática do Congo investigue rapidamente o ataque hediondo a uma delegação das Nações Unidas que causou a morte de três pessoas na segunda-feira (22). 

Durante o atentado, foram mortos o embaixador da Itália no país, Luca Attanasio, um militar da embaixada italiana e o motorista do PMA (Programa Mundial de Alimentos).

O chefe da ONU pede que os responsáveis do atentado sejam levados à justiça e reafirma o apoio das Nações Unidas ao governo e ao povo do país para conquistar a paz e estabilidade no leste da nação africana.  

ONU: Guterres insta investigação imediata por ataque à ONU na RD Congo
O embaixador da Itália na República Democrática do Congo, Luca Attanasio, morto em ataque em 22 de fevereiro de 2021 (Foto: Reprodução/Twitter)

Falando a jornalistas em Nova York, o subsecretário-geral para Operações de Paz, Jean-Pierre Lacroix, disse que a missão da ONU na RD Congo, Monusco, irá apoiar a investigação.  

“O fim do último ano e o início deste ano têm sido difíceis para as operações de paz”, disse. No total, em menos de dois meses, sete boinas-azuis foram mortos na República Centro-Africana e cinco perderam a vida no Mali.  

“Isso significa que, apesar de todos os esforços feitos para aumentar a segurança, ainda existe muito a ser feito”, pontuou Lacroix.

Ataque a comboio da ONU

O grupo viajava num comboio do PMA para conhecer um projeto da agência da ONU na cidade de Goma, na província de Kivu Norte. Em nota, o PMA expressou profundos pêsames às famílias, colegas e amigos das vítimas.  

A agência informou que outros passageiros que viajavam com a delegação ficaram feridos.  O PMA está cooperando com as autoridades para determinar os detalhes do ataque, que ocorreu em uma estrada liberada para viagens sem escolta. 

O vice-representante especial do secretário-geral no país e chefe interino Monusco, David McLachlan-Karr , também condenou o ataque. McLachlan-Karr disse estar “arrasado” com as mortes.   

Também no Twitter, o diretor-geral da Organização Internacional para Migrações, António Vitorino, contou estar “horrorizado com o ataque”, lamentando as mortes deste “crime sem sentido”.   

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