Este conteúdo foi publicado originalmente pelo portal ONU News, da Organização das Nações Unidas
As Nações Unidas mencionaram a situação de Moçambique no mais recente relatório do secretário-geral, António Guterres, ao enumerar os desafios na área do contraterrorismo.
No documento entregue ao Conselho de Segurança, o subsecretário-geral do Escritório de Contraterrorismo, Vladimir Voronkov, disse que, caso Moçambique solicite, a ONU está pronta para prestar assistência ao país.
Maputo poderá contar com o Programa Global de Processamento, Reabilitação e Reintegração. Países como a Indonésia, Burkina Faso e outras nações da Bacia do Lago Chade já implementaram o projeto.
Desde 2017, ações terroristas na província moçambicana de Cabo Delgado provocaram centenas de mortes e uma situação humanitária que envolve mais de 560 mil deslocados.
Conforme Voronkov, o projeto sairia do papel através de uma parceria entre a Diretoria Executiva do Comitê de Combate ao Terrorismo do Conselho de Segurança e Unodc (Escritório da ONU sobre Drogas e Crime).
Ataques
Conforme o documento, a primeira prioridade contra o Estado Islâmico do Iraque e do Levante é derrotar a ação do grupo no ciberespaço.
Voronkov apontou ainda a necessidade de preparação para deter novos ataques e enfrentar a ameaça dos afiliados regionais, especialmente na África.
Outra questão urgente é a permanência dos membros do EI, especialmente mulheres e crianças, presas na Síria e no Iraque para evitar o ressurgimento do grupo. O destaque do relatório de Guterres é a ameaça representada pelo EI à paz e segurança internacionais.
No Brasil
Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino. Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos. Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.