ONU pede proteção para civis em regiões do Lago Chade e Sahel

Quase 50 mil deixaram suas casas em países como Chade, Níger, Camarões e Nigéria desde 29 de março

O Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) pediu nesta quinta (23) que civis sejam protegidos nas regiões africanas do Lago Chade e no Sahel, região de transição entre o norte da África e o deserto do Saara, onde há conflito armado.

Diariamente, milhares de pessoas precisam sair de suas casas desde o dia 29 de março, quando forças de segurança do Níger, Chade, Nigéria e Camarões lançaram uma repressão militar contra grupos armados responsáveis por ataques a civis e forças militares desses países.

Famílias são forçadas a deixar suas casar e viver em campos de refugiados por causa de conflitos (Foto: Harandane Dicko/ACNUR)

Só neste ano, quase 50 mil pessoas — incluíndo crianças, mulheres e idosos — precisaram se deslocar dessas regiões. Neste mês, mais 4 mil pessoas foram desalojadas por confrontos no Níger.

“Ataques e contra-ataques estão constantemente levando populações que vivem nas áreas de fronteira para situações de miséria profunda”, afirmou o diretor adjunto do escritório do Acnur para África Central e Ocidental, Aissatou Ndiaye.

Ambas as regiões do Lago Chade e Sahel enfrentam conflitos armados há anos. Cerca de 3,8 milhões de pessoas já se deslocaram internamente nos dois locais e 270 mil fugiram para países vizinhos e vivem como refugiados.

Sudão

O Japão doou, por meio do Programa Alimentar Mundial, US$ 1 milhão para o tratamento de desnutrição de 127 mil crianças, mães e gestantes nos estados de Darfur Central e Ocidental.

“Cerca de 10% das crianças pequenas de Darfur Ocidental e mais de 15% em Darfur Central estão desnutridas. O Sudão também perde a cada ano 2,6% do seu PIB por causa da desnutrição”, afirma o diretor do programa da ONU no Sudão, Hameed Nuru.

As Nações Unidas usarão os recursos repassados pelo governo japonês para adquirir 190 toneladas de suplemento alimentar para crianças abaixo de 5 anos, grávidas e lactantes que sofrem de desnutrição em Darfur.

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