Revolução digital pode alavancar economia e produtividade agrícola na África Subsaariana

Estudo da FAO e UIT destaca potencial oferecido pelo uso da internet, redes móveis e economia digital na região. Somente 28% de africanos têm acesso à internet

Um novo relatório da ONU (Organização das Nações Unidas) defende que a revolução digital em curso na África Subsaariana oferece um enorme potencial para o crescimento econômico e da produtividade agrícola na região.

Perfis de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe constam da análise feita pela FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) e pela UIT (União Internacional de Telecomunicações) em 47 países da região.

Estudo da FAO e UIT destaca potencial oferecido pelo uso da internet, redes móveis e economia digital na região. Somente 28% de africanos têm acesso à rede
Em São Tomé e Príncipe, famílias deslocadas recebem apoio para produzir com alterações do clima (Foto: PMA/Jorcilina Correia)

Impulso

As histórias de sucesso incluem a melhoria na conexão da internet, que foi possível com a instalação de cabos submarinos em países costeiros, a expansão de redes móveis 4G pelo continente e a chamada vibrante economia digital que leva a capital do Quênia, Nairóbi, a ser conhecida como a “savana do silício”.

No entanto, a África continua com um terço da população sem sinal de banda larga móvel e com apenas 28% da população com acesso à internet. As oportunidades estão no impulso da produtividade agrícola com as novas tecnologias digitais, como comércio eletrônico, sensores, drones e melhores previsões meteorológicas.

No entanto, os desafios incluem fatores como acesso à eletricidade, propriedade de dispositivos móveis, número de aplicativos usando idiomas locais, além da disparidade de gênero no uso de redes sociais e estruturas regulatórias.

Avanço

O vice-diretor geral da iniciativa, Abebe Haile-Gabriel, destaca que a modernização da agricultura e a transformação rural “oferecem oportunidades reais para alcançar o máximo impacto no crescimento e na prosperidade compartilhada” dos países da região.

Para o representante regional da FAO, “a digitalização ajuda a maximizar os benefícios de tecnologias para a transformação de sociedades, melhorando os meios de subsistência por meio da maior produção, nutrição, um ambiente e estilo de vida sem deixar ninguém para trás.”

O estudo aponta que iniciativas locais devem ser promovidas, replicadas e ampliadas para avançar na transformação da agricultura digital africana.

Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News

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