O candidato governista Evariste Ndayishimiye, ganhou com 68,72% dos votos a eleição presidencial do Burundi, na África central. O oposicionista Agathon Rwasa teve 24,19%, segundo a Reuters.
Houve acusação de fraude por parte da oposição e de grupos de direitos humanos, além de relatos de prisões e torturas. Rwasa afirmou que os números são uma “fantasia”, de acordo com a Al Jazeera.
A opção por uma eleição durante a pandemia global também gerou críticas da comunidade internacional. A organização Human Rights Watch informou que há suspeitas de que o governo esteja suprimindo a divulgação de dados da doença no país.
O governo registrou presença de 87,71% dos 5,11 milhões de eleitores aptos a participar. Foram sete candidatos à presidência, no total.
A última tentativa de se propor um processo eleitoral no país, em 2015, foi manchada pela manobra do atual presidente Pierre Nkurunziza de concorrer a um terceiro mandato.
Naquela época, houve perseguição dos opositores e milhares de pessoas fugiram do país.
As eleições deste ano coroariam a primeira transição pacífica de poder, nos moldes democráticos, desde a independência da Bélgica, em 1962.