A nuvem de gafanhotos que cruza a Argentina rumo ao Brasil está sendo monitorada pela FAO, agência das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, por conta de seu potencial de destruição das lavouras.
Segundo o portal da ONU (Organização das Nações Unidas), insetos foram detectados a cerca de 250 quilômetros da fronteira com o Rio Grande do Sul. A FAO classifica a praga como “a mais destrutiva do mundo”.
A organização estima que uma nuvem de um quilômetro quadrado consome a mesma quantidade de alimento que 35 mil pessoas em um dia.
A meta do monitoramento é garantir que os fazendeiros e habitantes da região tenham algum plano para enfrentar a tempestade de gafanhotos.
Para Fernando Rati, agrônomo da FAO consultado pelo portal das Nações Unidas, será preciso empregar pulverizações aéreas nos locais afetados.
A América do Sul não é a única região onde os gafanhotos têm causado profundos estragos. Na África, países como Quênia, Etiópia, Sudão do Sul e Somália vivem a pior devastação em décadas causada pelos insetos.
Em 2019, foi a vez da Ásia. Arábia Saudita, Irã e Iêmen tiveram plantações devastadas pelas tempestades de gafanhotos.