O Banco Mundial enviou na última sexta (22) uma carta às autoridades brasileiras advertindo-as dos riscos de descontrole fiscal e eventual calote dos estados.
O Banco tem demonstrado preocupação com a proposta de suspender o pagamento de dívidas bancárias das unidades federativas do Brasil, informou a jornalista Míriam Leitão, do jornal carioca O Globo.
Na proposta, a União não poderia executar garantias e contragarantias dos empréstimos dos estados. Isso significaria, na prática, a possibilidade de um calote do Brasil no Banco Mundial e em outros credores.
A equipe econômica do governo federal é contra a medida, afirmando que pode se tornar “um problema internacional”.
Isso porque a União é garantidora dos empréstimos das unidades federativas – portanto, caso os estados não paguem, a Federação arca com a dívida.
Para reaver esses valores, a União teria de confiscar uma parcela do dinheiro da UF devedora no Fundo de Participação dos Estados.
Como a União também não poderia executar garantias, ela estaria impossibilitada de pagar os credores. O Banco Mundial é um deles.
Em caso de calote, o mercado precifica esse “default”, subindo o custo dos empréstimos futuros e dificultando novos aportes.