Banco Mundial planeja oferecer US$ 160 bi até meados de 2021

Auxílios cobririam países no combate à Covid-19; economista definiu crise como "a mais profunda que 1929"

O Banco Mundial pode oferecer US$ 160 bilhões em financiamento em 15 meses para auxiliar países no combate ao coronavírus. A informação foi divulgada pelo presidente da instituição, David Malpass, em comunicado à imprensa nesta sexta (17).

Em coletiva, também nesta sexta, Malpass explicou que espera uma recessão ainda mais profunda que a de 1929, com base nos dados de queda em empregos, investimentos, produção e comércio. 

“A pandemia de Covid-19 está causando profundos problemas econômicos e ameaça apagar décadas de progresso econômico e redução de pobreza”, afirmou.

Banco Mundial vai oferecer US$ 160 bi em financiamento
O presidente do Banco Mundial, David Malpass, em conferência em Nova York (Foto: UN Photo)

De um lado, os isolamento dos trabalhadores afeta comércio e logística. De outro, o desemprego e a queda brusca na renda reduzem a habilidade das pessoas de atender necessidades básicas, explicou Malpass.

A América Latina, disse o chefe do Banco Mundial, “não está entre os mais pobres do mundo, mas certamente tem gigantescas necessidades financeiras”. A meta para a região seria patrocinar sistemas que aumentem a velocidade de resposta dos governos locais a crises, sem mencionar planos específicos.

Conferência com o presidente do Banco Mundial, David Malpass (Vídeo: YouTube)

Malpass também alertou para problemas de abastecimento na África, onde, além da pandemia do novo coronavírus, há uma praga que gafanhotos que atinge o leste do continente. 

Cerca de US$ 50 bilhões serão destinados aos países mais pobres do mundo, participantes da ADI (Associação de Desenvolvimento Internacional) do banco. Entre essas nações estão Nepal, Etiópia, Ruanda, Senegal, Sudão do Sul, Camboja e Afeganistão. 

O pagamento da dívida externa desses países também será suspenso a partir de 1 de maio, conforme anúncio feito na última segunda.

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