O Banco Mundial pode oferecer US$ 160 bilhões em financiamento em 15 meses para auxiliar países no combate ao coronavírus. A informação foi divulgada pelo presidente da instituição, David Malpass, em comunicado à imprensa nesta sexta (17).
Em coletiva, também nesta sexta, Malpass explicou que espera uma recessão ainda mais profunda que a de 1929, com base nos dados de queda em empregos, investimentos, produção e comércio.
“A pandemia de Covid-19 está causando profundos problemas econômicos e ameaça apagar décadas de progresso econômico e redução de pobreza”, afirmou.
De um lado, os isolamento dos trabalhadores afeta comércio e logística. De outro, o desemprego e a queda brusca na renda reduzem a habilidade das pessoas de atender necessidades básicas, explicou Malpass.
A América Latina, disse o chefe do Banco Mundial, “não está entre os mais pobres do mundo, mas certamente tem gigantescas necessidades financeiras”. A meta para a região seria patrocinar sistemas que aumentem a velocidade de resposta dos governos locais a crises, sem mencionar planos específicos.
Malpass também alertou para problemas de abastecimento na África, onde, além da pandemia do novo coronavírus, há uma praga que gafanhotos que atinge o leste do continente.
Cerca de US$ 50 bilhões serão destinados aos países mais pobres do mundo, participantes da ADI (Associação de Desenvolvimento Internacional) do banco. Entre essas nações estão Nepal, Etiópia, Ruanda, Senegal, Sudão do Sul, Camboja e Afeganistão.
O pagamento da dívida externa desses países também será suspenso a partir de 1 de maio, conforme anúncio feito na última segunda.