Chefe da ONU pede que Conselho de Segurança considere enviar força internacional ao Haiti

Força armada garantiria segurança à passagem de remédios, alimentos, combustíveis e água entre portos e aeroportos

O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres, pediu à comunidade internacional e ao Conselho de Segurança da organização que considerem o “envio imediato de uma força armada especializada internacional para lidar com a crise humanitária” no Haiti.

Numa declaração, emitida neste domingo, Guterres informa que o pedido foi feito pelo governo haitiano e deve ser tratado como questão de emergência.

A força internacional também ajudaria a assegurar a livre passagem de água, combustível, alimentos e suprimentos médicos dos principais portos e aeroportos do país a comunidades e instalações de saúde.

Protestos contra o governo na capital Porto Príncipe, novembro de 2020 (Foto: WikiCommons/Al-Jazeera)

Guterres enviou uma carta ao Conselho de Segurança, neste domingo, com opções para o aumento de apoio na área de segurança ao Haiti, como foi solicitado ao órgão da ONU na resolução 2645, neste ano.

Ele afirmou que permanece “gravemente preocupado” com a situação na ilha caribenha, que tem enfrentado um surto de cólera em meio a uma deterioração dramática da segurança. Isso tem paralisado o país.

Guterres contou que o bloqueio do terminal de combustível de Varreux causou a suspensão de serviços necessários, como a distribuição de água potável.

O chefe das Nações Unidas lembra que, mais uma vez, os setores mais vulneráveis da população haitiana são os mais duramente afetados e que a prioridade é salvar vidas. Também pediu às partes interessadas no Haiti que superem suas diferenças e se engajem, sem demoras, num diálogo inclusivo e pacífico, de forma construtiva.

Ele reiterou o suporte da ONU ao povo do Haiti e disse que irá apoiar também os esforços que levem ao consenso, reduzam a violência e promovam a estabilidade no país.

Conteúdo adaptado do material publicado originalmente em inglês pela ONU News

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