Autoridades de inteligência dos Estados Unidos emitiram um alerta para empresas de defesa do país sobre os riscos de sabotagem associados à Rússia, especialmente para aquelas envolvidas no apoio à Ucrânia. A recomendação inclui intensificar medidas de segurança e treinamento para lidar com potenciais ataques. As informações são da revista Newsweek.
“As atividades de sabotagem da Rússia na Europa aumentam o risco para empresas dos EUA no exterior e potencialmente em casa”, diz um comunicado conjunto emitido por agências de segurança na quinta-feira (21). “Tais operações de sabotagem podem semear medo e dúvida, danificar infraestrutura importante, interromper o comércio ou causar ferimentos e morte.”
Entre as orientações, o NCSC sugeriu que as empresas realizem exercícios de resposta a incidentes em conjunto com parceiros locais e promovam treinamento contínuo para conscientização de segurança entre seus funcionários.
“Aqueles envolvidos em trabalho ligado à Ucrânia ou outros conflitos geopolíticos devem ser cautelosos sobre divulgar informações de trabalho, viagens, pessoais e familiares online”, acrescenta o comunicado. “Adversários podem usar essas informações para identificar acesso, localização e vulnerabilidades pessoais.”
Casos recentes reforçam os riscos apontados. Autoridades britânicas acusaram cidadãos locais de participarem de um ataque incendiário em Londres sob ordens da inteligência russa. Na Polônia, cerca de duas dezenas de pessoas foram presas acusadas de planejar atos de sabotagem ligados a Rússia e Belarus.
A inteligência norte-americana também mencionou um suposto esquema de dispositivos incendiários colocados em pacotes destinados à América do Norte. O caso, investigado por autoridades europeias, envolveu incêndios em instalações na Alemanha e Reino Unido.
O boletim alerta que Moscou tem usado criminosos e outros intermediários para realizar ataques híbridos contra empresas e instalações militares, numa tentativa de enfraquecer o apoio internacional à Ucrânia. “A escalada dessas ações demanda uma vigilância redobrada por parte das empresas”, conclui o documento.