_{Este conteúdo foi publicado originalmente no portal da notícias ONU News, da Organização das Nações Unidas}

O porta-voz do secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Stephane Dujarric, alerta para a situação de crianças nos fluxos de migração a caminho dos EUA.

Pelo menos 80 menores viajavam desacompanhados em caravanas que passam por Tegucigalpa, capital de Honduras. Conforme Dujarric, as equipes da ONU na Guatemala também trabalham em planos de contingência para proteger os migrantes.

Entre elas estão o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), o Escritório da ONU para Direitos Humanos e a OIM (Organização Internacional para Migrações).

Uma das preocupações é a situação de crianças assim como a distribuição de água, alimentos e kits de higiene para combater também os riscos de contaminação com a Covid-19.

“Estamos em contato com o governo sobre o apoio necessário às autoridades e aconselhamento técnico a respeito da assistência aos migrantes”, disse a chefe da ONU na Guatemala, Rebeca Arias.

Causas da migração

Já em Honduras, de onde partiu a maioria dos migrantes da caravana que chegou à Guatemala a caminho dos EUA, a ONU coordena a preparação do programa de retorno voluntário.

Até o momento, 1,5 mil migrantes incluindo crianças estão preparados para voltar. Mas, para a ONU, é preciso refletir sobre as causas estruturais da migração, como a pobreza, desigualdade e os impactos da Covid-19.

As recentes tempestades tropicais Eta e Iota, que afetaram a América Central em 2020, também agravaram a situação de miséria para milhões na região.

A ONU em Honduras está fornecendo assistência médico-psicológica aos migrantes. Com a travessia, muitas crianças estão exaustas, sofrem trauma emocional e até ferimentos físicos.

Na quinta-feira (21), autoridades informaram que cerca de 3 mil mulheres, homens e crianças já voltaram à Honduras. As agência da ONU, contudo, prestam apoio a 100 pessoas que permanecem num abrigo localizado a 250 km da Cidade da Guatemala.