O Senado dos EUA aprovou na terça-feira (23) um aguardado pacote de ajuda externa no valor de 95 bilhões de dólares destinado à Ucrânia, Israel e Taiwan. As informações são da rede ABC News.
Com uma votação bipartidária de 79 a favor e 18 contra, o projeto foi aprovado pela Câmara, sendo agora encaminhado para a mesa do presidente Joe Biden para sua assinatura. O chefe da casa Branca manifestou sua intenção de sancionar o projeto assim que este chegar à sua mesa nesta quarta-feira (24).
Em comunicado divulgado logo após a aprovação do projeto pelo Senado, Biden enfatizou a urgência da necessidade: para a Ucrânia, que enfrentando bombardeios incessantes da Rússia; para Israel, recentemente alvo de ataques sem precedentes do Irã; e para os refugiados e afetados por conflitos e desastres naturais em todo o mundo, incluindo Gaza, Sudão e Haiti.
Além disso, destacou a importância do apoio aos parceiros “em busca de segurança e estabilidade na região do Indo-Pacífico“.
A conta abrange uma alocação significativa de fundos, com mais de 60,8 bilhões de dólares designados para a Ucrânia, 26,6 bilhões de dólares para Israel e 8 bilhões de dólares destinados aos aliados do Indo-Pacífico, visando principalmente a contenção da China de qualquer potencial invasão a Taiwan.
Além disso, o projeto de lei prevê quase 9,1 bilhões de dólares para esforços humanitários na Ucrânia, Israel e Gaza, visando fornecer assistência em áreas afetadas por conflitos e desastres.
Uma disposição adicional no projeto de lei impõe requisitos à empresa chinesa proprietária do TikTok, exigindo que venda o aplicativo de mídia social ou enfrentará consequências que poderiam resultar em sua proibição efetiva nos Estados Unidos.
Opiniões divergentes
O senador independente Bernie Sanders criticou a aprovação do projeto de lei, chamando-a de um “dia negro” no Senado dos EUA.
“Votei ‘não’ nesta noite para o pacote de ajuda externa por uma razão simples: os contribuintes americanos não devem fornecer bilhões adicionais ao governo extremista de (Benjamin) Netanyahu para continuar sua guerra devastadora contra o povo palestino”, afirmou em um comunicado.
Já presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado, Ben Cardin, descreveu a aprovação do projeto de lei como uma “grande vitória para a democracia e a unidade internacional”, mas lamentou que o apoio tenha chegado “tragicamente atrasado devido a uma campanha partidária implacável de obstrucionismo e desinformação”.
“Hoje, o Senado envia uma mensagem unificada ao mundo inteiro: a América sempre defenderá a democracia nos momentos de necessidade”, declarou o líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, no plenário do Senado antes da aprovação final.