O volume de comércio fronteiriço entre residentes da China e da Rússia na cidade chinesa de Manzhouli, próxima da Mongólia, ultrapassou US$ 27,6 milhões desde o início de 2025, um aumento de 432,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados no site oficial da administração municipal, segundo a agência estatal chinesa Xinhua.
De acordo com a reportagem, esse crescimento foi impulsionado por um novo modelo de cooperação, no qual moradores locais formam cooperativas para realizar compras conjuntas e criar canais de venda. Parte dos produtos importados é processada por empresas locais, fortalecendo a cadeia produtiva e aumentando a renda da população.

De acordo com as estatísticas, mais de 26 mil moradores das regiões fronteiriças estão diretamente envolvidos nesse comércio e se beneficiam dele.
O avanço do comércio fronteiriço ilustra o aprofundamento dos laços econômicos entre Rússia e China. Segundo o vice-chefe de gabinete do Executivo Presidencial russo, Maksim Oreshkin, em entrevista à Xinhua, a cooperação com a China abre vastas oportunidades:
“A China é a maior economia do mundo. Isso significa que, para qualquer país, a cooperação com a China sempre traz grandes oportunidades”, disse Maksim Oreshkin, vice-chefe de gabinete do Executivo Presidencial da Rússia
Oreshkin destacou ainda que, nos últimos cinco a dez anos, o volume de comércio entre Rússia e China tem crescido de forma consistente, acompanhado pelo “avanço da cooperação em investimentos e pelos laços humanitários entre os dois países”.
Em fevereiro de 2022, pouco antes do início da guerra na Ucrânia, os presidentes da China, Xi Jinping, e da Rússia, Vladimir Putin, anunciaram uma parceira “sem limites”, formando assim uma frente consistente para enfrentar o Ocidente.