A Coreia do Norte reiterou nesta terça-feira (18) que continuará fortalecendo suas capacidades nucleares, rejeitando assim a recente declaração conjunta de EUA, Coreia do Sul e Japão em defesa da desnuclearização. A afirmação foi divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores norte-coreano por meio da agência estatal KCNA.
No sábado (15), os chefes das diplomacias de Washington, Marco Rubio, Seul, Cho Tae-yul, e Tóquio, Iwaya Takeshi, se reuniram em Munique, na Alemanha, à margem de uma conferência de segurança, para reafirmar seu compromisso com o fim do programa nuclear da Coreia do Norte.

Em resposta, Pyongyang classificou a postura dos três países como “um plano ultrapassado e absurdo de ‘desnuclearização’, que agora está se tornando mais impossível e impraticável”. O texto, assinado por um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores norte-coreano, acrescenta que “as armas nucleares da RPDC (República Popular Democrática da Coreia, nome oficial do país) são meios para defender a paz e a soberania e um meio para legítima autodefesa confiado pela Constituição do Estado”.
Segundo relatou a agência Reuters, a Coreia do Sul reagiu ao pronunciamento, instando o regime de Kim Jong-un a interromper seus programas de armas de destruição em massa e a retomar o caminho da desnuclearização.
“A Coreia do Norte jamais será reconhecida como um Estado nuclear”, afirmou Lee Jae-woong, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores sul-coreano. “Esperamos que eles percebam que o desenvolvimento de armas e mísseis nucleares só prejudicará sua própria segurança e desenvolvimento econômico”.
O encontro entre os três aliados ocidentais ocorreu em um momento de tensão crescente na região. Recentemente, legisladores sul-coreanos relataram que testes de mísseis conduzidos por Pyongyang têm como objetivo demonstrar seu poderio e chamar a atenção de Washington.
Ao mesmo tempo, a Coreia do Sul anunciou a implantação de um novo mísseis contra bunkers, o Korean Tactical Surface to Surface Missile (KTSSM), também conhecido como “Ure” (trovão, em coreano). O armamento foi projetado para realizar ataques simultâneos e precisos contra sistemas de artilharia de longo alcance norte-coreanos que representam ameaça potencial à área metropolitana de Seul.