A segurança em torno do líder norte-coreano Kim Jong-un foi aumentada nas últimas semanas, conforme o governo comunista argumenta que é grande o risco de ele ser assassinado. A informação foi divulgada pelos serviços de inteligência da Coreia do Sul e reproduzida pela agência Yonhap.
O nível de segurança em torno de Kim foi ampliado por meio de uma operação que envolve aparelhos de bloqueio de comunicações e equipamentos de detecção de drones, de acordo com o Serviço Nacional de Inteligência (NIS, na sigla em inglês), que falou em sessão parlamentar.
O alerta na Coreia do Norte estaria relacionado ao envio de tropas pelo país para apoiar a Rússia na guerra da Ucrânia. O Pentágono informou na segunda-feira (28) que ao menos dez mil soldados norte-coreanos já estão em território russo e em breve entrarão em combate.
Também pesa para a segurança reforçada o aumento da presença de Kim em eventos públicos. Neste ano, segundo a agência de notícias, ele realizou 110 aparições públicas, cerca de 60% a mais de que em 2023.
Outra informação confirmada pela inteligência sul-coreana é a de que a filha do líder, Kim Ju-ae, foi promovida dentro da hierarquia governamental e assim fortaleceu ainda mais sua posição para assumir futuramente a funções do pai como chefe de governo.
Os relatos envolvendo Ju-ae provenientes de Seul jogam luz sobre uma das inúmeras questões obscuras na Coreia do Norte. Mesmo informações essenciais sobre os familiares de Kim Jong-un são escassas, e a idade real de sua filha mais velha, supostamente 11 anos, é apenas uma especulação.
A rigidez é tamanha que em fevereiro do ano passado a rede Radio Free Asia (RFA) relatou que o nome dela, a partir dali, seria exclusivo. Ou seja, nenhuma outra mulher do país poderia se chamar Ju-ae, segundo fontes em Pyongyang que por segurança mantiveram o anonimato.