EUA anunciam ajuda militar e fortalecem aliança com as Filipinas contra a China

Manila conta com o suporte de Washington para enfrentar as reivindicações territoriais de Beijing no Mar da China Meridional

O governo norte-americano deu mais um sinal da solidez de sua aliança com as Filipinas ao anunciar um pacote de ajuda militar de US$ 500 milhões destinado ao país asiático, que trava uma disputa territorial com a China no Mar da China Meridional. As informações são da rede Voice of America (VOA).

O Secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, destacou a relevância do anúncio, chamado por ele de “investimento único em uma geração” devido ao volume de dinheiro. O objetivo é alavancar a modernização das Forças Armadas filipinas, um movimento que tende a enfurecer Beijing.

O principal foco de tensão entre os dois países asiáticos é o banco de areia de Second Thomas Shoal, onde Manila usa um navio encalhado como base militar para sustentar sua posição.

De 2023 para cá houve uma escalada na tensão na região, com frequentes incidentes entre navios da China e das Filipinas. As hostilidades atingiram seu ápice em 17 de junho, quando um marinheiro filipino perdeu um dedo em uma colisão entre embarcações que Manila chamou de “intencional” e “brutal”.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em dezembro de 2023 (Foto: facebook.com/statedept)

Embora não tenham reivindicações territoriais na área, os EUA são parte do problema, enviando navios e aeronaves para realizar patrulhas sob o argumento de promover a navegação livre nas vias marítimas ​​internacionais e no espaço aéreo.

A vice-secretária de imprensa do Pentágono, Sabrina Singh, falou nesse sentido em comunicado divulgado na terça-feira (30). Segundo ela, o objetivo de Washington é “preservar os direitos soberanos” das Filipinas, bem como os direitos de “todas as nações de voar, navegar e operar, com segurança e responsabilidade, onde quer que a lei internacional permita.”

Por sua vez, o Secretário de Estado Antony Blinken destacou os desafios enfrentados pelos aliados ante às reivindicações chinesas. “Estamos vivendo um momento incrivelmente complexo. Como resultado, a parceria entre nossos dois países é mais importante do que nunca, e nosso compromisso de fazê-la crescer agora e nos próximos anos é resoluto.”

Anteriormente, John C. Aquilino, almirante da Marinha norte-americana e chefe do Comando Indo-Pacífico, afirmou que a razão da presença dos EUA na região é “prevenir a guerra por meio da dissuasão e promover a paz e a estabilidade, inclusive envolvendo aliados e parceiros americanos em projetos com esse objetivo.”

O país tem um pacto de defesa com as Filipinas e promete intervir em favor do aliado se necessário, fortalecendo tal promessa com o mais recente pacote de financiamento militar.

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