ONU faz apelo de US$ 333 milhões para proteger populações vulneráveis em Mianmar

Aumento de financiamento é essencial para realizar ações humanitárias e alcançar todos os impactados pelo ciclone Mocha

Mais de 1,6 milhão de pessoas foram afetadas pelo ciclone Mocha em Mianmar. Para responder as necessidades da população, prevenir doenças e preparar o país para temporada de monções, são necessários US$ 333 milhões.

O representante da ONU (Organização das Nações Unidas) e coordenador humanitário em Mianmar, Ramanathan Balakrishnan, disse que é preciso “correr contra o tempo” para fornecer abrigos seguros em todas as comunidades afetadas.

Ele destacou que é necessário prevenir a propagação de doenças transmitidas pela água. O representante da ONU também ressaltou “o apoio financeiro generoso da comunidade internacional”, que será fundamental para salvar vidas.

Destruição causada pelo ciclone Nargis em Mianmar em 2013 (Foto: Flickr)

Em 14 de maio, o ciclone Mocha registrou ventos de mais de 250 km/h e devastou áreas costeiras do oeste do país. Os impactos foram especialmente nos estados de Rakhine, Chin, Magway, Sagaing e Kachin.

De acordo com Balakrishnan, a catástrofe humanitária ocorreu em uma das áreas mais pobres do país asiático, onde há “grandes necessidades”, que já existiam antes do ciclone.

Grupos prioritários

O apelo financeiro urgente tem como objetivo proteger os mais vulneráveis antes da próxima estação de chuvas fortes. O valor inclui US$ 211 milhões para realizar atividades que já eram consideradas prioritárias em Mianmar ao longo de 2023.

Além disso, a comunidade humanitária pretende arrecadar US$ 122 milhões adicionais para o Plano de Resposta Humanitária, que está sendo articulado para apoiar a resposta ao ciclone nas áreas afetadas.

O público-alvo desse financiamento são pessoas que perderam as suas casas e aqueles que não têm acesso aos serviços de saúde e água potável.

Outros grupos prioritários são pessoas com insegurança alimentar ou desnutridas, deslocados que vivem em campos, apátridas, mulheres, crianças e pessoas com deficiência.

Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News

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