Tailândia pode ampliar produção de maconha medicinal

Plantação e beneficiamento de cannabis era monopólio estatal; atividade será liberada para setor privado

Para ampliar a venda de maconha medicinal, a Tailândia deve permitir que o setor privado produza e venda a erva. O governo tailandês anunciou a expansão na terça (4), de acordo com a agência de notícias Reuters.

Até o momento, somente as estatais, agricultores apoiados pelo governo e universidades tinham permissão para cultivar, importar e exportar a cannabis.

Com a mudança, pacientes, empresas e médicos poderão fazer o mesmo. Investidores estrangeiros também poderão adquirir participação em empresas que cultivam e beneficiam o produto no país.

Tailândia pode ampliar produção de maconha medicinal
Planta de maconha; Tailândia vai permitir entrada do setor privado no cultivo e beneficiamento de cannabis (Foto: Jirapong Pnngjiam/Pixabay)

“A lei promoverá a indústria farmacêutica e aumentará a competitividade, o que será importante para a Tailândia se tornar líder em maconha medicinal”, disse o ministro da Saúde Pública, Anutin Charnvirakul, a repórteres.

Mesmo que o país não considere extratos da erva um entorpecente e tenha aberto clínicas de maconha medicinal, a planta ainda continua sendo uma droga sob a lei tailandesa.

A posse ilegal é punível com até 15 anos de prisão e multas de até 1,5 milhão de baht (cerca de U$$ 48 mil).

A norma ainda precisa ser aprovada pelo Parlamento tailandês antes de ser validada. 

Tabu na região

A Tailândia foi o primeiro no Sudeste asiático a legalizar a maconha para uso e pesquisa médica. O país já utilizava a maconha medicinalmente. Em 2017, veio a legalização.

Países como Colômbia e Canadá estão entre os que permitem o uso, inclusive recreativo, da cannabis.

No sudeste asiático, a droga continua sendo ilegal, e tabu na maioria dos países. Na região há algumas das punições mais severas do mundo por uso de drogas, incluindo penas de morte.

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