Cessar-fogo é vital para resposta de Síria e Líbia ao Covid-19, diz ONU

Para organização, combate ao novo coronavírus depende de trégua temporária nas guerras dos dois países

O combate ao novo coronavírus em países com infraestrutura vulnerável após anos de conflito, como Líbia e Síria, depende de um cessar-fogo ao menos parcial. A avaliação, da ONU (Organização das Nações Unidas), foi feita nesta segunda (6) e terça (7) após bombardeios nos dois países.

Na Síria, cerca de metade da infraestrutura de saúde foi destruída durante a guerra civil, que já dura 10 anos. O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu na segunda aos dois lados que poupem hospitais e locais onde há alta circulação de civis.

Cessar-fogo é vital para resposta de Síria e Líbia ao Covid-19, diz ONU
Delegação da ONU chega a Homs na Síria (Foto: UN Photo)

Em Raqqa, que chegou a ser considerada a “capital” da região dominada pelo Estado Islâmico entre 2013 e 2017, a organização montou cinco centros de saúde para isolar pessoas contaminadas pelo novo coronavírus.

“O impacto das hostilidades em locais civis e humanitários no noroeste da Síria é uma clara lembrança da importância de todas as partes de lembrar e garantir respeito pela lei humanitária internacional”, afirmou Guterres em carta ao dominicano José Singer Weisinger, na presidência rotativa do Conselho de Segurança da ONU no mês de abril.

Um hospital com 400 leitos, em pleno funcionamento, na Líbia, foi bombardeado na segunda e pelo menos um funcionário foi ferido. O ataque desrespeita uma trégua assinada em meados de janeiro entre o chamado “governo de acordo nacional”, reconhecido pela ONU, e o Exército Nacional Líbio, que cerca a capital Trípoli há cerca de um ano.

Até o final de março deste ano, 27 unidades de saúde no país no norte da África já haviam sofrido danos por ataques. Destas, 14 foram fechadas.

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