Mais de um milhão de testes serão oferecidos na África na próxima semana para tentar diminuir a “lacuna” no número real de casos de coronavírus no continente, afirmou nesta quinta (16) John Nkengasong, chefe do Centro Africano para Controle e Prevenção de Doenças.
Mais de 15 milhões de testes serão necessários nos próximos três meses, segundo Nkengasong. O aumento de casos na África ainda tem velocidade inferior à da Europa e dos EUA, mas especialistas afirmam que a trajetória do contágio será semelhante à dessas regiões.
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Recursos necessários
De acordo com Matshidiso Moeti, diretora regional da OMS (Organização Mundial da Saúde) na África, os países-membros da agência na África subsaariana precisarão de US$ 300 milhões nos próximos seis meses para financiar as medidas contra o coronavírus.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou nesta quarta (15) que o continente africano corre o risco de sofrer um dos maiores impactos da pandemia do novo coronavírus.
Outro alerta veio do FMI (Fundo Monetário Internacional), apontando que a economia da região irá encolher em 1,6% em 2020. Condições financeiras mais restritivas, queda acentuada dos principais preços de exportação e contração da atividade econômica com a pandemia estão entre as razões.
Mesmo com a previsão negativa, o FMI pede aos governos dos países africanos que invistam nos serviços de saúde e prestem assistência às famílias mais afetadas pela crise.
IMF’s Selassie: The priority is to do whatever it takes to protect people’s health—boosting health spending as needed. Support to protect the most vulnerable whose livelihoods are being upended is also critical. https://t.co/hc6LtciZE8 #IMFAfrica #COVID19 pic.twitter.com/BAtoTPbR0i
— IMFLive (@IMFLive) April 15, 2020