A China confirmou na última sexta (15) ter ordenado que laboratórios não autorizados destruíssem amostras do novo coronavírus. A alegação foi de “razões de biossegurança” para justificar a ordem. As informações são do jornal “South China Morning Post“.
O anúncio acontece após o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, afirmar que a China se recusou a disponibilizar amostras colhidas de pacientes infectados pelo Covid-19 no final de dezembro do ano passado.
Um oficial do departamento de ciência e educação da Comissão Nacional de Saúde da China afirmou que a destruição das amostras tinha como objetivo “prevenir o risco à segurança biológica laboratorial e evitar desastres secundários causados por patógenos não identificados.”
Ele insistiu que a medida não foi tomada para encobrir ou esconder as amostras de outros países. “As observações feitas por alguns oficiais norte-americanos foram tiradas de contexto e tinham a intenção de confundir”, afirmou o oficial chinês.
O processo seria ainda uma prática padrão adotada pela China para o manuseio de qualquer amostra altamente patogênica.
As leis de saúde pública chinesas especificam que laboratórios que não atendam os requisitos devem transferir as amostras para um depositário qualificado ou destruí-las.
Pompeo também já acusou o partido no governo chinês de tentar encobrir a extensão do surto, não reportando números precisos e censurando as pesquisas sobre o coronavírus.
O anúncio acontece em meio ao agravamento das tensões entre China e Estados Unidos. Em janeiro, o presidente Donald Trump chegou a elogiar a atuação do presidente chinês, Xi Jinping. Mas, desde então, vem culpando a China por ter criado deliberadamente o vírus.