Na OMS, China baixa o tom e concorda com investigação ‘global’ sobre coronavírus

Xi Jinping prometeu recursos anti-Covid-19 mas sancionou Austrália após críticas sobre a conduta chinesa na pandemia

A China baixou o tom quanto às demandas por uma investigação das origens do novo coronavírus. Está disposta a aceitar uma “avaliação ampla da resposta global à epidemia”, mas só depois que o vírus estiver controlado.

A afirmação foi feita pelo presidente Xi Jinping, na Assembleia virtual organizada pela OMS (Organização Mundial da Saúde), nesta segunda (18). Durante sua fala, o mandatário chinês pediu “apoio” aos “princípios de objetividade e justiça” nessa investigação. As informações são da Reuters.

Jinping também afirmou que colaborará com a ONU (Organização das Nações Unidas) com recursos para países em desenvolvimento. Também houve promessa de uma vacina acessível e de “corredores verdes” para facilitar a logística mundial durante a pandemia.

Na OMS, China baixa o tom e concorda com investigação 'global' sobre coronavírus
O presidente da China, Xi Jinping, na sede da ONU em Genebra, na Suíça (Foto: UN Photo)

Diplomacia e confronto

A China ameaçou impor sanções à Austrália, após proposta de investigação sobre a conduta de Beijing nos primeiros dias da pandemia.

Nas semanas seguintes, os chineses suspenderam as importações de quatro dos maiores frigoríficos australianos – que representam cerca de 20% do total exportado. Foram alegadas “questões de saúde”.

Nesta segunda (18), mais uma retaliação: tarifas de 80,5% sobre a cevada australiana pelos próximos cinco anos. Desta vez, a justificativa foi que tratava-se de uma medida “antidumping”, ou prática abusiva de preços abaixo do valor de mercado.

Já os EUA acusaram a China, na semana passada, de tentar hackear sistemas norte-americanos. Segundo o governo norte-americano, a meta era recolher informações relevantes sobre as pesquisas para uma vacina contra o novo coronavírus.

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