Londres investe em influenciadores digitais em campanha contra a Covid

Cidade gastou 63 mil libras para veicular programa de testagem rápida em 42 perfis famosos nas redes sociais

O governo do Reino Unido investiu cerca de 63 mil libras – equivalente a R$ 470 mil – para que 42 influenciadores falassem sobre o programa “Test and Trace”, campanha de testagem e rastreamento contra a Covid-19. O dado foi apurado por Downing Street a pedido da organização britânica Full Fact.

A campanha “Test and Trace” oferece testagem rápida aos casos suspeitos de infecção por Covid-19. “O serviço nos permite rastrear a propagação do vírus e isolar novas infecções”, diz a plataforma.

A média da remuneração gira em torno de 1,5 mil libras para cada influenciador. A tendência, contudo, é que o pagamento varie de acordo com o número de seguidores de cada um.

Mais de 40 influenciadores foram pagos por Londres para falar sobre Covid-19
Estudante acessa aula online durante isolamento em Londres, Reino Unido, em setembro de 2020 (Foto: FMI/Jeff Moore)

Em levantamento da organização, contudo, apenas 11 influenciadores divulgaram a campanha nas redes sociais. No Reino Unido é obrigatório que esses profissionais indiquem que a publicidade é paga usando a hashtag #ad.

Segundo a Full Fact, os influenciadores tinham entre nove mil e 1,6 milhão de seguidores. Ao todo, o volume de interações e compartilhamentos chegou a 81,9 mil.

“Não estamos sugerindo que essas são as únicas postagens que foram pagas como parte desta campanha”, disse o levantamento.

Conforme o relatório, é possível que as postagens tenham sido excluídas ou apareceram em outras mídias, como o TikTok e YouTube. Nesses casos, o rastreamento é mais complexo.

Alguns dos influenciadores incluíam Shaughna Phillips e Josh Denzel, do reality show “Love Island”, e o jogador profissional de hóquei Henry Weir.

Até a última sexta-feira (22), o Reino Unido figurava em quinto lugar entre os países com maior número de contágios por Covid-19 no mundo. O país soma 3,6 milhões de casos confirmados e mais de 96 mil mortes em decorrência do vírus.

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