ONU: Jordânia lidera vacinação de Covid-19 para refugiados

Dos 90 países com estratégia de vacinação, mais da metade promete vacinas para os refugiados, disse Acnur

Esse conteúdo foi publicado originalmente no portal ONU News, da Organização das Nações Unidas

A Acnur (Agência das Nações Unidas para Refugiados), informou que a Jordânia figura entre os primeiros países do mundo a iniciar a vacinação contra a Covid-19 para refugiados.

Segundo a agência, das 90 nações com estratégias de vacinação contra o novo coronavírus, 51 se comprometeram a incluir refugiados, mais da metade. Raia Alkabasi, uma refugiada iraquiana que vive na cidade de Irbid, no norte da Jordânia, foi a primeira a receber a vacina no dia 8.

“Novamente a a Jordânia demonstrou liderança exemplar e solidariedade”, cumprimentou o alto comissário da ONU (Organização das Nações Unidas) para Refugiados, Filippo Grandi.

Segundo ele, o país inseriu os refugiados em todos os aspectos da resposta de saúde pública à pandemia, incluindo a campanha nacional de vacinação para manter todos seguros. Grandi apelou aos países que sigam o exemplo.

ONU: Jordânia lidera vacinação a refugiados contra Covid-19
Dose armazenada para vacinação em refrigerador de unidade de saúde da capital do Afeganistão, Cabul, em setembro de 2020 (Foto: Unicef/Omid Fazel)

Importância

O Acnur tem defendido a inclusão de refugiados, deslocados internos e apátridas através da Covax, a iniciativa global que reúne governos e fabricantes para que as vacinas cheguem aos mais necessitados.

Os países de rendas baixa a média – onde vivem a maioria dos refugiados – são prioridade desse apoio. “A comunidade internacional deve fazer mais para apoiar os governos anfitriões com acesso às vacinas”, apontou.

Segundo Grandi, o acesso global e equitativo é o que acabará por proteger vidas e conter a pandemia. Como parte do plano nacional da Jordânia à Covid-19, qualquer pessoa que viva no país tem o direito de receber a vacina gratuitamente.

Desde que o primeiro caso foi confirmado entre refugiados na Jordânia em setembro do ano passado, foram detectados mais 1.928 casos. A proporção de refugiados com Covid-19 também permaneceu baixa, cerca de 1,6%, em comparação com 3% entre a população jordaniana em geral.

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