Vacinação contra Covid-19 pode expandir economia em 4%, diz Banco Mundial

Conforme relatório, estimativa de crescimento na economia do Brasil em 2021 é de 3%; em 2020, retração foi de 4,5%,

Material publicado originalmente na agência de notícias da ONU (Organização das Nações Unidas)

A vacinação geral pode garantir uma expansão de até 4% na economia mundial em 2021. A estimativa está no mais novo relatório do Banco Mundial, divulgado nesta terça-feira (5).

A recuperação, porém, pode ser de apenas 1,6% se as autoridades não agirem de forma decisiva para controlar a pandemia e implementar reformas que incentivem investimentos.

Estima-se que a economia mundial tenha contraído 4,3% no ano passado. A retração – não tão severa quanto a projetada anteriormente – se deve à contração menos profunda nas economias ricas e a rápida retomada da China.

Vacinação contra Covid-19 pode expandir economia em 4%, diz Banco Mundial
Agente de saúde prepara doses de vacina polivalente em bairro de Caracas, na Venezuela, setembro de 2020 (Foto: Unicef/Eduardo Párraga)

Ainda assim, a interrupção da atividade econômica na maior parte das economias emergentes e em desenvolvimento foi mais aguda do que o esperado. Na avaliação do Banco Mundial, a pandemia exacerbou os riscos de endividamento nessas economias.

Com a possibilidade da atividade econômica e a renda permanecerem baixas por um período prolongado, os riscos para o desenvolvimento persistem, inclusive na América Latina e Caribe. A região sofre com severos impactos deixados pela Covid-19, tanto em termos sanitários quanto econômicos.

Brasil

Das dez economias em desenvolvimento com os índices mais altos de mortes per capita decorrentes da pandemia, cinco estão na América Latina – incluindo o Brasil. Estima-se que a economia regional sofreu uma contração de 6,9% no último ano.

Em 2021, a atividade econômica da América Latina e Caribe deve crescer 3,7%. Para o Brasil, espera-se crescimento de 3% neste ano a partir da vacinação, depois de uma retração estimada em 4,5% em no ano passado.

Para reduzir a pobreza e os danos econômicos causados pela pandemia, o estudo recomenda adotar políticas para melhorar os serviços de saúde e educação, a infraestrutura digital e as práticas de negócios e governança.

E, nas economias em que houver endividamento elevado e poucos recursos para investir, reformas para promover o crescimento orgânico serão particularmente importantes, apontou o Banco Mundial.

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