Após Polônia, Turquia diz que deixará convenção antiviolência contra mulher

Para ideólogos e políticos ligados ao presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, iniciativa “mina a estrutura familiar”

Depois da Polônia, as especulações de que a Turquia deixará a Convenção de Istambul fizeram com que milhares saíssem às ruas em protesto, na quarta (5).

Os manifestantes exigem que o país permaneça signatário do pacto internacional contra a violência de gênero, informou a Al-Jazeera. Houve confronto com a polícia e 10 mulheres foram detidas.

Manifestantes durante protesto em Istambul, na Turquia (Foto: ONG We Will Stop Femicides/Twitter)

Na última semana, surgiram rumores de que o presidente, Recep Tayyip Erdogan, considerava a possibilidade de retirar a Turquia do tratado.

Para os conservadores turcos, o acordo “incentiva a violência e mina as estruturas familiares”.

Assinada em 2011, a Convenção de Istambul é o principal instrumento para prevenir e combater a violência contra as mulheres, desde o estupro conjugal à mutilação feminina.

https://twitter.com/raykakumru/status/1291069776056393728

Só em 2019, mais de 470 mulheres foram assassinadas na Turquia, apontou a plataforma “We Will Stop Femicides“.

A maioria das vítimas foi morta por atuais ou ex-parceiros, membros da família ou homens que queriam um relacionamento.

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