A Polônia pode abandonar a Convenção de Istambul, tratado europeu contra a violência às mulheres, conforme anúncio deste sábado (25) do ministro da Justiça polonês, Zbigniew Ziobro. A decisão foi classificada pelo Conselho da Europa como um “grande recuo”.
A Convenção de Istambul foi adotada em 2011 pelo Conselho da Europa e seus 47 membros. Um ano depois, foi adotada pela Polônia, então governada por uma coalizão centrista.
A época, o agora ministro considerou a convenção uma “invenção” e “uma criação feminista que visa justificar a ideologia gay”, segundo a RFI (Rádio França Internacional).
Nesta segunda (27), ele deve apresentar um documento oficial pedindo ao ministério da Família para “denunciar o tratado”. Na sequência, é iniciado o processo de saída da convenção.
O partido no poder, o Lei e Justiça (PiS), tem uma agenda conservadora. Reeleito nas eleições do último dia 12, o presidente Andrzej Duda adotou uma postura hostil em relação aos direitos dos homossexuais em sua campanha.