No Paquistão, mulheres jornalistas enfrentam campanha de ameaças

Jornalistas relatam perseguição nas redes sociais; suspeita é a de que oficiais do governo estariam por trás dos ataques

Se a perseguição a jornalistas já é intensa no Paquistão, as profissionais mulheres enfrentam ameaças ainda maiores. A organização RSF (Repórteres Sem Fronteiras) reportou a denúncia na última quarta (19).

Os ataques às jornalistas são constantes e envolvem ameaça de estupro, violência física e divulgação de dados pessoais. Os trolls também rotulariam as mulheres como “vendedoras de notícias falsas” e “inimigas do povo”.

A principal suspeita é que funcionários do governo estejam por trás de uma campanha organizada para efetuar os disparos nas redes sociais, disse a organização.

No Paquistão, mulheres jornalistas enfrentam campanha de ameaças
Jornalistas paquistaneses durante a visita do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em Rawalpindi, em agosto de 2010 (Foto: UN Photo/Evan Schneider)

Um dos motivos possíveis para as agressões seria por que as profissionais não seguem a ‘linha oficial’ instaurada pelo governo, especialmente no que diz respeito aos casos de Covid-19 no país.

No dia 12, cerca de 50 jornalistas assinaram uma carta de condenação aos episódios.

O Paquistão ocupa o 145º lugar entre 180 países no Índice de Liberdade de Imprensa da RSF.

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