Os protestos de agricultores se intensificaram na Índia e 40 manifestantes começaram uma greve de fome nesta segunda-feira (14), reportou o jornal indiano “Hindustan Times”.
A greve reivindica a revogação de três leis aprovadas pelo Parlamento em setembro. Segundo os produtores, as regras prejudicam o avanço econômico da classe e beneficiam grandes varejistas de alimentos.
Líderes do movimento anunciaram que os agricultores em greve de fome permanecerão em dois acampamentos nos limites de Nova Délhi, em Tikrit e Singhu. Sindicatos já mobilizam paralisações em toda a Índia.
“Quando levamos nossos carrinhos de cana-de-açúcar às usinas, pulamos as refeições por 24 horas. Estamos preparados para permanecer o tempo que for preciso”, disse um agricultor de Lakhimpur Kheri à agência ANI.
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Milhares de agricultores estão acampados nos arredores da capital indiana há mais de um mês. “Viemos preparados. Temos comida suficiente para ficar aqui por quatro meses. Dormimos nos tratores e não nos importamos com a falta de conforto”, relatou um dos líderes.
Neste domingo (13), uma criança nasceu em meio aos protestos. Ela foi recebida com bolo, balões e cartazes coloridos. “Quando saímos de casa juramos não voltar antes de nossa vitória. Estou lutando pela geração de minha filha”, disse o agricultor Jagat Singh, pai de primeira viagem.
Negociação continua
Sob ameaça de greve geral, o governo da Índia realizou seis rodadas de negociação para apresentar mudanças às leis aos líderes dos protestos desde julho.
Em todas as reuniões, no entanto, os agricultores recusaram emendas e exigem a revogação das normas.
As reformas afrouxam regras sobre a venda, fixação de preço e armazenamento de produtos agrícolas e, segundo os trabalhadores, abrem caminho para que as corporações indianas entrem no comércio agrícola e prejudiquem os pequenos agricultores.