O jornalista Virgilio Maganes morreu após ser alvejado por seis tiros na última terça (10), na província de Pangasinan, nas Filipinas.
Este foi o segundo atentado vivido pelo comentarista de 62 anos, que trabalhava em uma estação de rádio, de acordo com o IPI (Instituto Internacional de Imprensa). A polícia filipina não esclareceu sobre as investigações do assassinato.
Ao condenar a morte, o Sindicato Nacional dos Jornalistas das Filipinas informou que Maganes é o 18º jornalista morto desde a eleição do presidente Rodrigo Duterte, em 2016.
Há quatro anos, o jornalista sobreviveu a um tiroteio após se fingir de morto. Na cena do crime, os criminosos deixaram um bilhete se passando por Maganes. “Sou um traficante de drogas, não me imite”, estava escrito.
![Vítima do segundo atentado, jornalista é morto a tiros nas Filipinas](https://areferencia.com/wp-content/uploads/2020/11/105610694-10219027678106763-5855960426653277916-n.jpg)
Essas mensagens se tornaram comuns em cenas de execuções extrajudiciais das campanhas do governo contra drogas ilícitas ao longo da última década.
Tida como uma “permissão para matar”, a lei anti-drogas das Filipinas já deu amparo a mais de 200 mortes de ativistas, advogados, jornalistas e sindicalistas no país.
No ranking de Liberdade de Imprensa da organização Repórteres Sem Fronteiras de 2020, as Filipinas aparecem em 136º lugar entre 180 países. A nação asiática de 106 milhões de habitantes ainda ocupa o 7º lugar no índice global de impunidade.