Quênia é o quinto escolhido para Conselho de Segurança da ONU

Foram necessárias duas rodadas de votação até que o país conseguisse a maioria de dois terços para a vaga no órgão

Depois de duas rodadas de votação, o Quênia é o quinto e último escolhido para integrar o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) como membro não permanente. O resultado foi divulgado nesta quinta (18).

O biênio do Quênia como um dos três representantes da África começa em janeiro de 2021. O país já integrou o Conselho duas vezes antes: entre 1973 e 1974 e entre 1997 e 1998.

O Quênia tem como prioridades no órgão da ONU promover um sistema internacional baseado em regras bem definidas, sem autarquia. Também procura estimular a troca entre os membros permanentes e rotativos do Conselho.

Integrantes da missão de paz da ONU em Darfur, no Sudão, da qual o Quênia faz parte (Foto: UN Photo/ Albert González Farran)

Os quenianos tem ampla experiência em operações de paz e tem pessoal em campo em Darfur, no Sudão. Por isso, é esperada uma atuação intensa na cooperação entre o Conselho de Segurança, o secretariado-geral da ONU e os países que participam dessas missões pacificadoras em regiões de conflito.

A delegação queniana disputou com o Djibuti, país no Chifre da África, uma das vagas disponíveis. Na primeira rodada de votos, nenhum dos dois países conseguiu a maioria de dois terços necessária para levar a vaga.

Desta vez, o Quênia obteve 129 votos (contra 113 de quarta-feira) e o Djibuti, 62 (contra 78). Votaram 191 dos 193 países-membros das Nações Unidas.

Processo de escolha

Em geral, os países da África conseguem estabelecer consenso antes da votação e enviar apenas um candidato para o pleito. A praxe é que a nação escolhida tenha o apoio da UA (União Africana).

Ao realizar a escolha, o costume entre as nações africanas é fazer uma rotação de acordo com cinco subregiões: leste, oeste, sul, norte e centro, explica o think tank Security Council Report, que pesquisa a história e a dinâmica do órgão da ONU.

Neste ano, como não houve consenso, a UA delegou a decisão aos países que integram de forma permanente o Conselho. A escolha foi pelo Quênia, mas a delegação do Djibuti disputou até o fim a definição.

Os representantes do Djibuti entendem que, como o país serviu apenas uma vez, deveria ter prioridade na eleição.

Entre as prioridades do Djibuti estavam a estabilização da vizinha Somália e a introdução do crise climática global como um tópico de segurança internacional.

Além do Quênia, os próximos membros do Conselho no biênio 2021-2022 são Irlanda, Noruega, Índia e México.

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