Ex-agente responsável pela maleta nuclear de Putin está internado com ferimento a bala

Há suspeita de que Vadim Zimin tenha atentado contra a própria vida. Ele estava em prisão domiciliar sob acusação de receber propina

Um agente de segurança russo aposentado, que já foi o encarregado de guardar a maleta nuclear do presidente Vladimir Putin, foi encontrado baleado em sua casa na segunda-feira (20), na cidade de Krasnogorsk, perto de Moscou. As informações são da revista Newsweek.

Ex-coronel do Serviço de Segurança Federal (FSB, da sigla em inglês), Vadim Zimin, de 53 anos, está internado em uma UTI (unidade de terapia intensiva) na capital da Rússia. O jornal Kyiv Post repercutiu uma informação da mídia estatal russa descrevendo que Zimin foi encontrado pelo irmão dentro de seu apartamento “em uma poça de sangue” após ter supostamente atirado contra a própria cabeça.

A pasta nuclear de Boris Yeltsin exibida no Centro Presidencial Boris Yeltsin (Foto: WikiCommons)

O agente russo já foi filmado e fotografado ao lado do atual chefe do Kremlin carregando a chamada “Cheget”, uma pequena pasta que conecta o presidente à rede de comando e controle das forças nucleares estratégicas da Rússia. A maleta funciona como um centro móvel de defesa estratégica com códigos internos que permitiriam a Putin ordenar um ataque nuclear.

Zimin foi alvo de uma investigação criminal que aponta que ele teria recebido subornos após ingressar no serviço de alfândega em um cargo sênior, informou o jornal russo Moskovsky Komsomolets. Ele foi detido em dezembro por suspeita de receber propina em um acordo envolvendo um contrato com o Kremlin.

O coronel aposentado, que negou as acusações, estava em prisão domiciliar no momento do incidente desta semana. Ele também foi responsável por carregar a pasta nuclear enquanto cumpria a função de assessor do ex-presidente russo Boris Yeltsin, segundo relatos.

A presença da maleta é historicamente considerada uma forma de ameaça simbólica ao Ocidente. Segundo o tabloide britânico Mirror, Putin faz questão de que o oficial que carrega os códigos nucleares esteja visível ao lado dele, como ocorreu em abril, durante o funeral do político ultranacionalista Vladimir Zhirinovsky em Moscou.

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