Áustria segue exemplo da Alemanha e irá deportar afegãos com antecedentes criminais

A decisão foi tomada após Berlim repatriar 28 criminosos condenados para o Afeganistão na sexta-feira

A Áustria planeja iniciar a deportação direta de afegãos com antecedentes criminais para o seu país de origem. A decisão segue a repatriação de 28 criminosos condenados para o Afeganistão feita pela Alemanha na sexta-feira (30), a primeira desde que o Taleban assumiu o poder em 2021. As informações são do Euronews.

O Escritório Federal de Imigração e Asilo da Áustria informou que as deportações para o Afeganistão serão autorizadas caso a caso, devido à “mudança na situação de segurança” no país. Isso aconteceu após Berlim ter deportado 28 criminosos condenados para o Afeganistão na sexta-feira (30).

Gerhard Karner, ministro do Interior da Áustria (Foto: WikiCommons)

Viena pretende colaborar de forma próxima com Berlim em deportações conjuntas. O chanceler Karl Nehammer comentou que o ministro do Interior da Áustria tem estado em discussões prolongadas com o ministro do Interior alemão sobre como lidar com as deportações para o Afeganistão, já que a Áustria também está deportando afegãos e sírios atualmente.

O ministro do Interior da Áustria, Gerhard Karner, elogiou a decisão da Alemanha, chamando-a de “muito positiva”.

Em março, ele solicitou a reavaliação da proibição de deportações para o Afeganistão e a Síria em toda a UE, considerando-a “necessária e urgente”. “Atualmente, não podemos repatriar ninguém para países como a Síria ou o Afeganistão, pois isso violaria a legislação da União Europeia”, afirmou Karner em Bruxelas. “Na Áustria, esses dois países representam cerca de três quartos de todos os pedidos de asilo”.

A imigração tornou-se uma questão central na política, com os austríacos se preparando para as eleições nacionais em setembro. O partido de centro-direita do chanceler Karl Nehammer, o OVP, enfrenta forte pressão do partido de extrema direita FPO, que adota uma posição rigorosa sobre imigração. As pesquisas atuais indicam que o FPO está liderando com cerca de 30% e é o favorito para formar o próximo governo.

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