Caças britânicos interceptam bombardeiros russos perto do espaço aéreo da Otan

Aeronaves sobrevoaram o Mar Báltico em direção à Holanda e depois voaram para o norte das ilhas Shetland, na Escócia

Jatos F-16 da força aérea britânica interceptaram na segunda-feira (14) dois bombardeiros russos que se aproximaram do espaço aéreo da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). As informações foram divulgadas pela Força Aérea Real (RAF, na sigla em inglês), do Reino Unido.

“As aeronaves russas de patrulha marítima TU-142 Bear-F e TU-142 Bear-J, usadas para reconhecimento e guerra anti-submarina, foram monitoradas pelos [caças] Typhoons da RAF no espaço aéreo internacional ao passarem pelo norte do Reino Unido”, diz comunicado do Ministério da Defesa britânico.

Os bombardeiros russos foram identificadas pela força aérea da Dinamarca sobrevoando o Mar Báltico em direção à Holanda. Então, os britânicos foram informados e realizaram a interceptação mais adiante, quando as duas aeronaves voavam para o norte das ilhas Shetland, na Escócia.

F-16 em treinamento na cidade de Kempsford, Inglaterra, julho de 2019 (Foto: Flickr/Falcon Photografy)

“Isso não acontece com frequência, mas o incidente de hoje demonstra a importância de uma mobilização rápida”, disse o Ministério da Defesa do Reino Unido. “Os F-16 ficam de prontidão 24 horas por dia e podem decolar em minutos e interceptar uma aeronave não identificada.”

De acordo com o comandante da missão aérea de interceptação, cujo nome não foi citado, o incidente ocorreu nas “primeiras horas da manhã”, pelo horário local. “A missão foi concluída, e as aeronaves alvo partiram da área de interesse do Reino Unido”, disse ele.

Episódios semelhantes têm se repetido nas últimas semanas. Os Estados Unidos disseram em julho que em seis ocasiões os aviões russos voaram “perigosamente perto” de aeronaves tripuladas e não tripuladas, colocando em risco tripulações e levantando preocupações sobre qual deve ser a resposta dada por Washington diante do assédio.

O governo britânico reforçou que o comportamento “pode representar um perigo para outras aeronaves”, vez que os aviões russos muitas vezes não comunicam sua presença ao controle de tráfego aéreo, aviso crucial para que as aeronaves sejam visíveis para outros usuários aéreos e controladores.

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