Contra entradas irregulares, Noruega fala em erguer barreiras na fronteira com a Rússia

Monistra fala em erguer uma cerca para conter cidadãos russos, inclusive com sensores e tecnologia de detecção de movimento

A Noruega considera adotar medida semelhante à da vizinha Finlândia e construir barreiras na fronteira entre o país e a Rússia, de forma a conter sobretudo a imigração irregular. A questão vem sendo debatida dentro do governo norueguês e foi confirmada pela ministra da Justiça Emilie Enger Mehl. As informações são do jornal The Kyiv Post.

“Uma cerca na fronteira é muito interessante, não apenas porque pode atuar como um impedimento, mas também porque contém sensores e tecnologia que permitem detectar se as pessoas estão se movendo perto da fronteira”, disse Mehl no sábado (28).

Região da tríplice fronteira Rússia-Finlândia-Noruega (Foto: Wikimedia Commons)

São cerca de 200 quilômetros de fronteira entre os dois países, e a autoridade norueguesa não deixou claro se toda essa extensão será cercada. Ela afirmou que a cerca não é a única alternativa estudada por seu governo, que considera adotar várias medidas para tentar impedir entradas irregulares.

Os russos não são o único problema apontado pela Noruega como motivação. O país escandinavo leva em consideração também o que ocorreu com a Finlândia, que acusou Moscou de usar a migração como arma ao enviar cidadãos de diversos para países para a região de fronteira.

A Finlândia compartilha com a Rússia uma fronteira consideravelmente maior que a da Noruega, cerca de 1,34 mil quilômetros. Trata-se da mais longa entre os países da União Europeia (UE) e o território russo, e a crise na divisa teve início após a invasão da Ucrânia pelas tropas russas em 2022.

Helsinque aprovou o fechamento das fronteiras aos turistas vindos da Rússia tomando como exemplo a Polônia e os países bálticos. Em março de 2023 foi iniciada a construção de um muro na divisa entre Finlândia e Rússia.

A postura russa se assemelha à adotada por Belarus, que a partir de 2021 passou a direcionar milhares de cidadãos estrangeiros à fronteira com a Polônia e gerou uma grave crise. Em em sua maioria cidadãos de países do Oriente Médio, como Iraque, SíriaAfeganistão, direcionados por Minsk aos países da UE.

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