As forças de segurança da Dinamarca anunciaram nesta quarta-feira (2) as prisões de três pessoas após duas explosões ocorreram nas proximidades da embaixada de Israel em Copenhague. Não está claro se o prédio da diplomacia israelense foi alvo de um ataque. As informações são da rede Deutsche Welle (DW).

“Dois homens foram presos em um trem na Estação Central de Copenhagen. Além disso, mais cedo no dia prendemos um homem em outro lugar em Copenhagen”, disse a polícia da capital dinamarquesa em uma postagem nas redes sociais.

Após as explosões, jornais locais exibiram imagens de militares fortemente armados guardando o prédio da embaixada, embora o governo alegue que o caso ainda está sendo investigado.

“Está claro que a embaixada de Israel está nas imediações e esse é naturalmente um ângulo que também analisamos”, disse o vice-comissário assistente Jakob Hansen. “Mas é muito cedo para dizer se há uma ligação [entre as explosões e a embaixada]”, acrescentou.

Pro precaução, uma escola judaica que fica nas imediações do prédio diplomático foi fechada. O incidente ocorreu no subúrbio de Hellerup, onde fica localizados embaixadas de diversos países, entre eles Irã e Turquia.

O alerta para ações terroristas é elevado na Dinamarca em razão de uma série de fatores, entre eles a guerra no Oriente Médio entre Israel e Hamas, que agora chega a o Líbano. O país também está na mira de extremistas islâmicos devido aos episódios de queima do Alcorão registrados em 2023, uma forma de protesto idealizada pelo político de extrema direita dinamarquês Rasmus Paludan.

Em setembro, o Departamento de Estado (DOS, da sigla em inglês) dos EUA chegou a emitir alertas de segurança para viajantes destinados à Europa, com a Dinamarca entre os países enfocados na medida. As nações citadas estão classificadas no “Nível Dois” de alerta, indicando um risco menor em comparação com outros destinos turísticos, mas que exigem cautela.

“Grupos terroristas continuam planejando possíveis ataques no Reino da Dinamarca”, disse o governo dos EUA. “Terroristas podem atacar com pouco ou nenhum aviso, mirando locais turísticos, centros de transporte, mercados ou shoppings, instalações do governo local, hotéis, clubes, restaurantes, locais de culto, parques, grandes eventos esportivos e culturais, instituições educacionais, aeroportos e outras áreas públicas.”