A eleição de Kaja Kallas como primeira-ministra tornou a Estônia o único país do mundo a ter duas mulheres eleitas como chefes de Estado e de Governo. Além de Kallas, Kersti Kaljulaid foi eleite presidente em 2016.
Além do pequeno país europeu, de 1,3 milhão de habitantes, há poucas outras nações lideradas por mulheres no mundo. A Nova Zelândia e Barbados têm em comum a liderança de primeiras-ministras e a presença da rainha Elizabeth II como chefe de Estado.
O mesmo ocorre na Dinamarca: Helle Thorning-Schmidt lidera o governo, com a chefia de Estado a cargo da monarca Rainha Margrethe II.
![Estônia é o único país do mundo a eleger duas mulheres como chefes de Estado](https://areferencia.com/wp-content/uploads/2021/02/sem-titulo.jpg)
Nomeada por Kaljulaid em 26 de janeiro, Kallas tem maioria entre os 59 deputados do Parlamento. Na votação, 11 parlamentares da oposição concordaram em eleger a líder do Partido da Reforma, de centro-esquerda, após escândalos de propina e implosão da coalizão anterior.
O governo de Kallas também tem metade do gabinete composto por mulheres – um recorde até agora, apontou o portal Estonian World, ligado ao governo estoniano. Entre elas estão Keit Pentus-Rosimannus, a nova ministra de Finanças, e Eva-Maria Liimets, como chanceler, confirmou a Associated Press.
Duas tentativas
Kallas chegou ao poder em sua segunda tentativa em menos de dois anos. Em 2019, a estoniana não conseguiu apoio suficiente para liderar pelo Partido da Reforma e perdeu espaço para o adversário Juri Ratas. O então premiê renunciou no último dia 13 de janeiro.
A instabilidade gerada pelo populista EKRE – sigla de agenda nacionalista, anti-migração e anti-UE (União Europeia) –, integrante da coalizão, contribuiu para a dissolução do governo. A sigla não integra o governo de Kallas.
Antes da Estônia, a Finlândia teve duas representantes do sexo feminino à frente do país. No mandato da ex-presidente Tarja Halonen, entre 2000 e 2012, Anneli Jäätteenmaki e Mari Kiviniemi ocuparam a liderança do governo, em 2003 e 2010 a 2011, respectivamente.
O Sri Lanka também registrou um moimento semelhante. Entre 1994 e 2005, a presidente Chandrika Kumaratunga governou junto de Sirimavo Bandaranaike.