EUA concedem pacote de ajuda militar de US$ 125 milhões à Ucrânia

Auxílio inclui barcos-patrulha para a defesa do território da Ucrânia mediante ajustes nas forças de defesa locais

Os EUA anunciaram um pacote de ajuda militar de US$ 125 milhões à Ucrânia nesta segunda (1), informou a Radio Free Europe. O benefício inclui dois navios-patrulha armados que deverão auxiliar na proteção das águas territoriais do país europeu.

Radares de combate à artilharia, suporte para análise de imagens de satélite e equipamentos para tratamento médico militar e para procedimentos de evacuação também são parte desse auxílio.

O Congresso norte-americano aprovou outros US$ 150 milhões para ajuda militar à Ucrânia em 2021. Os recursos, porém, só serão fornecidos depois que o Pentágono se certificar de que os legisladores ucranianos demonstrarem “progressos” nas principais reformas de defesa exigidas do governo em Kiev.

EUA concede pacote de ajuda militar de US$ 125 milhões à Ucrânia
Embarcações Mark VI, enviadas pelos EUA à Ucrânia; registro em Santa Rita, Guam, em maio de 2019 (Foto: U.S. Navy/John Philip Wagner Jr.)

Entre as reformas está a promoção de maior transparência na indústria de defesa e aquisições para modernização do setor. As medidas devem seguir os padrões da Otan (Organização do Tratado Atlântico Norte), chefiada por Washington.

O apoio à Ucrânia vem na esteira de um comunicado da Casa Branca sobre o não-reconhecimento dos EUA à anexação da península da Crimeia pela Rússia, na última sexta (26). A data lembrou o aniversário de sete anos do envio das tropas russas à região, no litoral ucraniano.

A anexação por Moscou violou o acordo do Mar Negro, de 1995, e envolveu a apreensão de navios da marinha ucraniana e tomada de suas bases militares na península. Em resposta, o governo de Joe Biden afirmou que os EUA “nunca reconhecerão” a anexação e que “a Crimeia é a Ucrânia”.

A anexação da Crimeia foi o estopim para o impasse mais sério entre Washington e Moscou desde a Guerra Fria. A Rússia apoia facções separatistas pró-russas do leste ucraniano. Em seu sétimo ano, a disputa já causou a morte de 13,2 mil pessoas.

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