Militares de Mianmar, no sudeste asiático, podem estar envolvidos em novos crimes de guerra e contra a humanidade nos estados de Rakhine e Chin, afirmou nesta quarta (29) a enviada da ONU ao país, a sul-coreana Yanghee Lee. As informações são da agência de notícias Reuters.
De acordo com Lee, foram intensificados os ataques contra civis por parte das forças armadas, conhecidas como Tatmadaw. Na últimas semanas, foram registrados ataques aéreos e de artilharia.
O exército de Mianmar negou os ataques contra civis e declarou estar combatendo uma organização terrorista chamada Exército Arakan, composta de insurgentes no estado de Rakhine.
Os combates com o grupo rebelde Arakan já acontecem há mais de um ano, mas os ataques têm se intensificado nos últimos dias, de acordo com a enviada da ONU.
Segundo Lee, o governo do país tem negado repetidamente os pedidos para entrar no país. Yanghee Lee pediu investigação sobre as acusações conforme os padrões internacionais.
Em 2017, a sul-coreana acusou o exército birmanês de genocídio e outros crimes de guerra contra a minoria muçulmana em Rakhine, no oeste do país.
Cerca de 700 mil pessoas fugiram da repressão do exército. À época, o governo negou as acusações e afirmaram que os militares estavam respondendo a ataques de insurgentes muçulmanos.