Uma operação internacional coordenada pela Europol desmantelou parte da infraestrutura do grupo pró-Rússia NoName057(16), acusado de realizar uma série de ataques cibernéticos do tipo DDoS contra a Ucrânia e países aliados. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (16) pela agência de notícias Associated Press (AP).

Com o codinome Operação Eastwood, a ação envolveu autoridades policiais e judiciais de 13 países europeus, além dos Estados Unidos. A ofensiva derrubou mais de cem sistemas usados em ataques e desligou servidores centrais do grupo. A Alemanha emitiu seis mandados de prisão contra suspeitos localizados na Rússia, dois deles apontados como líderes da organização. Um suspeito foi preso na França e outro na Espanha.

O grupo NoName057(16) foi identificado no mês passado como responsável por ataques a alvos vinculados a uma cúpula da OTAN realizada na Holanda, além de instituições públicas na Suécia, Alemanha, Suíça e República Tcheca. Na Suíça, promotores investigam os responsáveis por ataques contra mais de 200 sites, incluindo durante um discurso de Volodymyr Zelenskyy ao parlamento e durante o Festival Eurovision.

De acordo com a Europol, o grupo recruta simpatizantes falantes de russo por meio de canais de Telegram, oferecendo recompensas em criptomoedas e criando sistemas gamificados com rankings e emblemas para engajar os participantes. A motivação seria ideológica, associada à defesa da Rússia ou à retaliação contra eventos políticos internacionais.

Inicialmente voltado contra alvos ucranianos, o grupo passou a atacar países que apoiam Kiev na guerra contra a Rússia, muitos dos quais são membros da OTAN. A Europol informou que centenas de apoiadores foram identificados e notificados sobre sua participação e as possíveis consequências legais.