Pelo menos 20 pessoas estão desaparecidas após naufrágio em Lampedusa

Criança de oito anos está entre os sete migrantes sobreviventes. O paradeiro da mãe é desconhecido

Conteúdo adaptado de material publicado originalmente pela ONU News

Mais de 20 pessoas desapareceram após uma pequena embarcação afundar perto da ilha de Lampedusa, na Itália. O barco zarpou em 30 de dezembro da cidade de Zuwara, na Líbia, localizada a 120 km da capital do país, Trípoli.

Segundo o Unicef, pelo menos sete pessoas sobreviveram, incluindo uma criança de oito anos. Nesta quinta-feira, as autoridades retomaram as buscas.

Unicef diz que necessidade de auxílio inclui apoio psicossocial, assistência jurídica, médica e educação (Foto: OIM/Peter Schatzer)
Barco virou ao se aproximar da costa italiana

Agências de notícias informaram que, entre os sete sobreviventes, estão migrantes do Egito, da Síria e do Sudão.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) relatou que a mãe da criança sobrevivente está desaparecida. Relatos indicam que o barco virou ao se aproximar da costa italiana, destino de migrantes.

A tragédia ocorre apenas algumas semanas após outro incidente fatal na mesma ilha. Na ocasião, a única sobrevivente foi uma menina de 11 anos.

O número de mortos e desaparecidos no Mediterrâneo em 2024 ultrapassou 2,2 mil. Quase 1,7 mil dessas mortes ocorreram na rota central do Mediterrâneo.

Vítimas menores

Em cada cinco migrantes nessa rota, um é criança. Muitas utilizam o caminho para escapar de conflitos violentos e da pobreza.

O Unicef fez um apelo aos governos para que implementem o Pacto de Migração e Asilo, priorizando a proteção das crianças e aumentando o investimento em serviços essenciais para elas e suas famílias nos trajetos mais perigosos.

A agência destacou que essa assistência deve incluir apoio psicossocial, assistência jurídica, atendimento médico e acesso à educação.

O Unicef também reforça que os governos precisam abordar as causas principais da migração, apoiar a integração das famílias nas comunidades anfitriãs e garantir que os direitos das crianças sejam protegidos em todas as etapas da jornada.

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