Russos prometem ‘vingança’ contra britânico acusado de matar comandante checheno

Ben Grant, um ex-fuzileiro naval da Marinha Real, liderava unidade ocidental que destruiu blindado russo na semana passada

O exército russo confirmou que um comandante checheno foi morto na semana passada durante um combate contra voluntários estrangeiros na Ucrânia. O filho de uma parlamentar britânica, que integra as forças ucranianas, é apontado como um dos responsáveis, segundo a rede Fox News. Na Rússia, há quem fale em vingança contra o responsável pela morte.

Ben Grant, de 30 anos, é um ex-fuzileiro naval da Marinha Real e filho da deputada conservadora Helen Grant. Um vídeo que viralizou na internet, publicado pelo jornal The Daily Telegraph, mostra ele liderando uma unidade formada por veteranos militares britânicos e norte-americanos em um ataque na região de Kharkiv, que destruiu um veículo blindado russo.

De acordo com um comunicado emitido pela Guarda Nacional russa na terça-feira (31), o sargento Adam Bisultanov, comandante de uma brigada operacional, foi morto durante um “ataque às forças russas pelo grupo de mercenários da Grã-Bretanha e dos EUA”.

Comandante checheno estava no interior de um blindado russo atingido por lançador de granadas ucraniano (Foto: WikiCommons)

“O veículo blindado em que Bisultanov estava localizado foi atingido três vezes por um lançador de granadas e foi destruído”, detalhou a nota.

Grant se juntou a voluntários ocidentais em Kiev para luta contra os russos na Ucrânia em março. À época, ele declarou à mídia britânica que se sentiu compelido a agir após ter visto imagens de tropas russas bombardeando uma casa em meio aos gritos de uma criança.

“Eu só quero deixar claro que, completamente por conta própria, eu decidi fazer isso. Eu não contei para minha mãe, mas é o que é”, disse ele.

Em tom de ameaça, o Komsomolskaia Pravda, um jornal diário russo sobrevivente da era soviética, disse que Grant “terá que correr para o resto de sua vida”. A publicação ainda observou que Bisultanov nasceu na Chechênia, “onde o princípio da rixa de sangue ou vingança não são palavras vazias”, segundo mostrou reportagem no portal Yahoo.

Tags: