Ucrânia denuncia violações de direitos humanos pelos russos na Crimeia

Manifestação foi enviada ao Conselho de Segurança e ao secretário-geral da ONU por embaixador

O embaixador da Ucrânia nas Nações Unidas, Sergiy Kyslytsya, manifestou preocupação com as prisões de lideranças da etnia dos tártaros na Crimeia, realizadas pela Rússia nas últimas semanas.

O desagravo foi manifestado em carta do último dia 7. A correspondência foi enviada ao Conselho de Segurança e ao secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres.

Os tártaros são uma população muçulmana que vive na região, anexada por Moscou de forma unilateral em 2014. Segundo o embaixador, há notícias de prisões “motivadas politicamente” todos os dias.

Ucrânia denuncia violações de direitos humanos pelos russos na Crimeia
Vista de Sebastopol, principal cidade da Crimeia, região na Ucrânia anexada pelos russos em 2014 (Foto: Elen Wolf/Pixabay)

“No território da Crimeia ocupada, o Estado ocupante entende como ameaça e atividade terrorista o que é considerado normal na Ucrânia e em outras democracias”, afirma o embaixador.

Na avaliação de Kyslytsya, que representa o governo de Kiev, “buscas direcionadas nas residências de muçulmanos da Crimeia são evidência de perseguição por motivos religiosos”.

A Assembleia-Geral da ONU adotou, em 18 de dezembro de 2019, uma resolução que rejeitava o reconhecimento da península como parte da Rússia.

O documento também condenou violações aos direitos das populações não-russas que vivem na Crimeia.

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