Governos, companhias e indivíduos de diversas partes do mundo arrecadaram US$ 8,8 bilhões nesta quinta (4) para uma aliança global de incentivo às vacinas. As informações são da Al-Jazeera.
O objetivo é ajudar programas de imunização paralisados pela pandemia do novo coronavírus e apoiar o desenvolvimento e distribuição de uma futura vacina contra a Covid-19.
A meta da GAVI, aliança internacional para vacinação, era de US$ 7,4 bilhões. O valor auxiliaria no fornecimento de vacina a custo reduzido para 300 milhões de crianças em todo o mundo por cinco anos.
Dias depois de cortar laços com a OMS (Organização Mundial da Saúde), os EUA prometeram US$ 1,16 bilhão à iniciativa.
Crianças em risco
Em maio, a ONU alertou que cerca de 80 milhões de crianças correm o risco de contrair doenças que podem ser prevenidas com vacinação, como difteria, sarampo e poliomielite.
Dados apontam que ao menos 68 países tiveram a vacinação prejudicada, entre 129 nações que enviaram informações. A interrupção pode afetar sobretudo crianças com menos de um ano.
Os motivos para falta de vacinação são diversos. Entre eles estão restrições de viagem, atraso no transporte e relutância de alguns pais saírem de casa diante do medo de infecção. A falta de profissionais de saúde e equipamentos de proteção também é determinante.
As campanhas contra o sarampo e a poliomielite foram as mais afetadas, suspensas em 27 e 38 países, respectivamente.
A Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres estima que, para cada morte por coronavírus evitada pela paralisação dos programas de vacinação na África, até 140 pessoas poderiam morrer de doenças preveníveis por vacinas.