O diretor-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio), o brasileiro Roberto Azevêdo, anunciou nesta quinta (14) que deixará o cargo no dia 31 de agosto, um ano antes do fim de seu segundo mandato. Azevêdo completa, no mesmo dia de sua saída, sete anos à frente da organização.
Segundo o diretor-geral da OMC, a renúncia da organização foi uma decisão familiar. “Não é uma decisão relacionada à saúde e tampouco estou buscando oportunidades políticas.”
Azevêdo afirmou durante uma reunião virtual da OMC que antecipará sua saída para permitir que os membros da organização escolham seu sucessor. A intenção é não desviar a atenção e energia política dos preparativos para a 12ª Conferência Ministerial, programada para ano que vem.
“Nós precisamos dar ao meu sucessor tempo suficiente para planejar não só o caminho para a conferência, mas também a forma como ela se encaixa em seus planos para o futuro”, afirmou. Quanto mais cedo o novo diretor-geral tomar posse, melhor”.
De acordo com Azevêdo, sua situação ao assumir o primeiro mandato era “longe do ideal”.
O brasileiro falou ainda sobre os desafios do comércio na recuperação econômica global. A estratégia pós-pandemia do novo coronavírus deve ser traçados pelo seu sucessor.
“Garantir que a organização continue capaz de responder às necessidades e prioridades de seus membros é imperativo”, afirmou. “O ‘novo normal’ que emerge da pandemia terá que ser refletido nosso trabalho.”
O diretor-geral da OMC comentou as medidas de isolamento social, que impediriam o prosseguimento da pauta da organização. Por exemplo, encontrar o momento propício para iniciar o processo de seleção do novo nome para o cargo.
“Peço que não tratem o processo de seleção como algo normal. Essa organização precisa começar 2021 focada nos reais desafios”, afirmou.